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Suicídio de Escravos (1870-1888)
Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) resolveram analisar o ato suicida entre pessoas livres e escravos dentro do período específico de 1870 a 1888. A idéia é tentar esclarecer se os escravos suicidavam apenas por desgostos provenientes de estarem em cativeiro.
Se tratando de escravos, obviamente que era muito pouco informado aos órgãos competentes os motivos que os levavam a cometerem suicídio, principalmente pela pouca importância que os Senhores proprietários dedicavam ao assunto. Este suicídio na maioria das vezes era citado apenas de passagem.
A pesquisa apontou que a totalidade dos suicídios praticados pelos escravos, eles usavam como meio dessa prática o enforcamento, o afogamento e o uso de arma branca. Já os livres usavam como modo mais freqüente o uso de arma de fogo e o enforcamento.
Em cinqüenta por cento dos casos de suicídio encontrados nos relatos históricos, não eram citados as motivações. A maioria dos Senhores Patrões usava comumente um clichê para justificar a causa do suicídio de seus escravos, atribuíam-na aos “desgostos do cativeiro”.
A pesquisa mostrou que entre os homens livres a maioria das motivações está relacionada a valores morais, afetos em geral e paixões amorosas contrariadas. Entre os escravos pode prender-se aos pesados castigos físicos dados a eles.
Concluíram que as causas chamadas de psicopatológicas são ligadas muito mais aos suicídios dos homens livres o que ajudou a compreender os motivos dos escravos no cativeiro. Isto se dá porque eles são indivíduos moralmente diferentes.
Texto de:
[ Diógenes Nunes ]
Escritor, Poeta, Técnico em Informática, Professor, Programador de computador, Colunista de Jornais
fonte:
http://www.gostodeler.com.br/materia/10407/suicidio_de_escravos_1870-1888_.html
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