A seguir apresento um resumo do trabalho sobre o suicídio no Estado de Santa Catarina/Brasil, que foi divulgado na Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul:
Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul
Print version ISSN 0101-8108
Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul vol.30 no.2 Porto Alegre May/Aug. 2008
Ricardo SchmittI; Maria Gabriela LangII; João QuevedoIII; Talita ColomboII
IMestre. Professor titular, Centro de Ciências da Saúde, Universidade Comunitária Regional de Chapecó (UNOCHAPECÓ), Chapecó, SC. Coordenador, Grupo de Pesquisa em Epidemiologia Clínica (EPICLIN), Chapecó, SC.
IIAcadêmica de Medicina, UNOCHAPECÓ. Pesquisadora, EPICLIN.
IIIDoutor em Ciências Biológicas: Bioquímica. Professor titular e coordenador, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde, Unidade Acadêmica de Ciências da Saúde, Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC.
RESULTADOS: O coeficiente médio de suicídios no extremo oeste foi de 10 casos para cada 100.000 habitantes. A proporção entre homens e mulheres foi de 3:1. Os índices apresentaram aumento de mais de 50% em ambos os sexos e em todas as faixas etárias no período estudado. O enforcamento representa 76% dos casos entre os homens e 73% entre as mulheres.
Ocorreram 1.669 suicídios no extremo oeste catarinense entre 1980 e 2005. Desse total, 11 casos tinham a idade ignorada, sendo 10 do sexo masculino e um do sexo feminino. Esses dados foram excluídos das análises conforme a faixa etária, mas foram mantidos no cálculo segundo o gênero.
No período analisado (1980 a 2005), o estado de SC apresentou um coeficiente médio de mortalidade por suicídio igual a sete casos/100.000 habitantes, enquanto a média brasileira não passou de quatro óbitos para cada 100.000 habitantes. O extremo oeste catarinense representou 20% do total de suicídios no estado nesses 25 anos (1.669 casos de um total de 8.248), ficando atrás somente da região do Vale do Itajaí, que totalizou 21% dos óbitos. O coeficiente médio de mortalidade do extremo oeste indicou um índice de 10 mortes/100.000 habitantes, sendo o maior do estado. Todas as macrorregiões apresentaram um crescimento no número de suicídios no período estudado, praticamente dobrando os seus índices entre o ano de 1980 e 2005.
Nenhum comentário:
Postar um comentário